Revista de Imprensa: PS admite substituir Chega e aprovar nova lei da imigração
O PS admite ser o novo parceiro do Governo de Luís Montenegro na aprovação da lei dos estrangeiros, após o chumbo no Constitucional e os pareceres negativos que já foram entregues terem feito o Governo recuar, avança, esta sexta-feira, o semanário "Expresso".
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A nova lei de estrangeiros, agora revista pelo Governo depois do chumbo constitucional, pode desta vez ser viabilizada pelo PS e não pelo Chega. Para a direção do PS o que importa agora é não deixar que a questão da imigração ocupe de novo o centro da agenda política, numa altura em que faltam pouco mais de duas semanas para as eleições autárquicas, preferindo manter o foco em questões que interessam à campanha, tais como habitação, saúde e economia. Para os socialistas é de evitar agora um braço de ferro com o Executivo em torno da imigração. No novo diploma foram mitigadas as limitações originais ao reagrupamento familiar, o que poderá dar pretexto ao partido para desta vez viabilizar o diploma.
Carris decreta "lei da rolha"
Seis dias depois do descarrilamento do Elevador da Glória, a administração da Carris deu ordens internas para que nenhum funcionário falasse com entidades externas sem primeiro ter luz verde da Secretaria-Geral e da Direção Jurídica da empresa, revela o "Expresso". Tal aconteceu ao mesmo tempo que a Carris deixou de prestar qualquer informação nova aos "media", no que parece ter sido um esforço coordenado para bloquear as saídas de informação a semanas das autárquicas. Já o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, não está disponível para mais explicações antes das eleições autárquicas, tendo agendado uma reunião de câmara a 13 de outubro.
Dívida dos municípios cai 43% numa década
No início da década de 2010, as autarquias portuguesas estavam numa situação muito diferente da que se encontram hoje: mais endividadas, tanto a curto como a longo prazo, mais demoradas a pagar a fornecedores e com menos controlo das próprias finanças. Com a crise financeira, e com o resgate, o poder local chocou de frente com as duras realidades impostas pela troika dos credores internacionais. Desde então, e com o apoio (e controlo próximo) do Estado central, sanearam paulatinamente as suas contas: a dívida total dos municípios caiu 43% entre 2014 e 2024, representando, em média, 37,6% das receitas globais no ano passado - muito abaixo do endividamento da República, nos 93,6% do PIB. Já o investimento, com baixas taxas de execução, continua a ficar aquém do esperado. Vila Real de Santo António têm o maior endividamento, seguido de Fornos de Algodres e Vila Franca do Campo, revela o "Expresso", no caderno de Economia.
Governo reforça rede de cuidados continuados com quase 800 camas
O Governo vai reforçar a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) com 791 lugares, que incluem respostas de cuidados de saúde mental, pediátricos e também nas Unidades de Cuidados Paliativos (UCP), integradas na RNCCI, assinala o "Público". A larga maioria das camas serão financiadas por fundos do PRR, segundo adiantou no Parlamento o secretário de Estado da Gestão da Saúde, Francisco Rocha Gonçalves. Hoje, o Governo publica um despacho em Diário da República, que produz efeitos a 1 de Setembro, que autoriza a concretização de contratos-programa para permitir este reforço.
Juiz convoca advogados para tentar resolver processos contra a AIMA
Vinte mil ações judiciais contra a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) estão nas mãos de um só juiz, que está a tentar despachar os processos antes de mudar de tribunal. Para tal, o magistrado convocou vários advogados, aqueles com maior volume de ações judiciais contra a agência, para audiências especiais, revela o "Diário de Notícias". Alguns possuem mais de mil ações judiciais, distribuídas entre seis juízes que atuam em exclusivo nas causas contra a AIMA. O objetivo do juiz é fazer um ponto da situação e ver os casos mais urgentes. Há causas que estão há um ano à espera de decisão, sendo que a agência não comunica ao tribunal quando resolveu a questão de forma administrativa.
Hospitais da Margem Sul não revelam quantos médicos há nos quadros
As três unidades locais de saúde que integram os hospitais Garcia da Orta (Almada), Nossa Senhora do Rosário (Barreiro) e São Bernardo (Setúbal) não revelam o número de especialistas que têm nos quadros na área da Genecologia-Obstetrícia, quantos destes fazem urgências ou se estão dispensados pela idade ou por outras situações, como são formadas as equipas e de quantos precisariam, efetivamente, para manter as urgências abertas durante 24 horas sete dias por semana, e ainda se contratariam tarefeiros e quantos. O "Diário de Notícias" enviou todas estas questões para os três hospitais, mas não lhes foi dada qualquer resposta.
Cancros mataram 28 mil em 2022
Os tumores foram responsáveis por mais de 28 mil mortes em Portugal em 2022, 43 das quais em crianças e jovens até aos 15 anos. Os dados divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos às causas de morte, indicam que os cancros mataram 28639 pessoas em Portugal (16758 do sexo masculino), a maioria com 70 ou mais anos de idade: 18763. É um registo próximo dos anos anteriores: mais 258 que em 2021, mas abaixo dos 29004 verificados em 2020. Por regiões, houve 9218 óbitos de cancro de residentes no Norte, 7703 na Área Metropolitana de Lisboa, 6654 no Centro, 2297 no Alentejo e 1294 no Algarve, enumera o "Correio da Manhã".
Só 36 mil imigrantes podem votar nas Autárquicas de 12 de outubro
Dos cerca de 1,6 milhões de imigrantes residentes em Portugal, apenas 35808 estão recenseados e podem exercer o direito de voto nas eleições autárquicas de 12 de outubro, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, apurados no recenseamento realizado até 15 de junho, que fixa os cadernos eleitorais para a próxima ida às urnas no país, anota o "Nascer do Sol". O semanário refere, ainda, que deste número, 16376 são cidadãos da União Europeia e 19432 de países extra-comunitários. No total estão registados 9285175 eleitores em Portugal.
