O rendimento social de inserção, criado há quase 30 anos, tem apenas metade da força necessária para aliviar as condições de vida de mais de dois milhões de pessoas que persistem pobres no país, revela, esta quarta-feira o "Negócios".
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Portugal foi pioneiro na Europa na implementação de um rendimento mínimo, estando prestes a completar-se 30 anos de uma prestação destinada a garantir "dignidade". Mas, nas duas últimas décadas, o outrora rendimento mínimo garantido tem apenas metade da força necessária para aliviar as condições de vida de mais de dois milhões de pessoas que persistem pobres no país. Em 2023, cobria apenas cerca de 40% do limiar de pobreza nacional, quando até 2010 representava um pouco mais de 80% do valor a partir do qual se era considerado pobre no país, no caso-tipo de uma família com dois adultos e dois menores. Os cálculos são apresentados no estudo "The Erosion of the Portuguese Minimum Income Protection Scheme", dos investigadores Luís Manso, Renato Miguel do Carmo, Maria Clara Oliveira e Jorge Caleiras, publicado no verão.
Já nasceram mais bebés em ambulâncias até setembro do que em 2024
De janeiro até setembro nasceram, em Portugal, 57 bebés em ambulâncias, mais sete do que em todo o ano passado, sendo que a Península de Setúbal é a que tem uma boa parte das ocorrências, devido ao encerramento simultâneo das urgências existentes. A decisão de criação de uma urgência regional na área da Ginecologia-Obstetrícia para esta região pode ser anunciada hoje pela ministra da Saúde, avança o "Diário de Notícias".
Helicópteros de emergência não vão funcionar 24h por dia no fim do mês
Apesar da Ministra da Saúde ter prometido que o serviço de helitransporte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) iria estar a funcionar com quatro helicópteros disponíveis 24 horas por dia, tal não vai acontecer, revela o "Público". Segundo o jornal, a meio deste mês, já é evidente que a Gulf Med, empresa que venceu o concurso para assegurar aquela operação durante os próximos cinco anos, não vai conseguir cumprir a meta definida pela governante, pois há apenas três a operar 12 horas por dia.
Carris poupou 600 mil euros em manutenção entre 2021 e 2023
Numa guerra de números, o "Diário de Notícias" desmentiu o desmentido da Carris, e volta a assegurar que a empresa de transportes da capital poupou 600 mil euros em manutenção entre 2021 e 2023, acusando-a a misturar na conta a manutenção de autocarros e de não aplicar a depreciação inflacionária, pelo que publicou todos os números para clarificar os gastos. "Em 2022, ano do pico inflacionário, a Carris gastou menos 288149 euros em manutenção da sua frota elétrica (elétricos mais ascensores) do que em 2021. Em 2023, com mais sete elétricos a circular que em 2021 e com uma forte inflação, a empresa gastou apenas mais 24 mil euros em manutenção da frota", escreve o jornal.
Governo teve de insistir duas vezes para contrato da sede do BdP chegar às Finanças
O Banco de Portugal remeteu ao ministério das Finanças uma minuta do contrato de promessa de compra e venda da nova sede do banco central da instituição em Entrecampos, a 2 de maio de 2025, segundo informação enviada pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, ao Parlamento, revela o "Expresso", acrescentando que foi quase três meses antes do ministro pedir a auditoria à Inspeção-Geral de Finanças por divergências sobre o custo da construção. A versão final do contrato chegaria a 27 de junho, após "duas insistências" do Governo, por e-mail. Em julho, o jornal Observador noticiou que o preço pode derrapar acima dos 191,99 milhões de euros (para entre 235 milhões a 280 milhões de euros).
Casa fecha lojas e coloca "stock" em leilão para pagar a credores
O Tribunal Judicial de Sintra decretou, a 12 de setembro, o fecho definitivo das 13 lojas Casa Piocheur, ou apenas Casa, após ser declarada insolvente, uma decisão foi tomada um dia depois de se ter realizado a assembleia de credores, assinala o "Negócios". Mais de 30 trabalhadores foram afetados por este encerramento, "uma vez que o grupo não conseguiu encontrar investidores para recuperar o negócio", revelou fonte ligada ao processo, embora a empresa terminasse 2024 com 98 colaboradores. Estão identificados até agora 110 credores, desde proprietários das lojas, às empresas de limpeza, e as dívidas ascendem a vários milhões de euros. Para poder pagar aos credores, a Casa colocou o "stock" das 13 lojas em leilão.