Revista de Imprensa: SNS24 em risco de deixar 1 milhão de chamadas por atender no inverno
A aproximação dos meses frios chega acompanhada de um aviso: se nada for feito, um milhão de chamadas para a triagem telefónica para acesso às Urgências no SNS vão ficar sem resposta e os utentes sem o apoio de que precisam durante o outono e inverno alerta, esta sexta-feira, o "Expresso".
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O risco de "sobrecarga persistente" da Linha SNS24, de acordo com um estudo de investigadores nacionais e estrangeiros a publicar nos próximos dias numa revista científica internacional. Os investigadores preveem que, a manter-se como está, a linha vá falhar: "As projeções para o início de 2026 antecipam até 900 mil tentativas de chamada mensais, potencialmente deixando quase 300 mil chamadas sem atendimento num único mês. Estes números somam mais de um milhão de chamadas não atendidas durante todo o inverno e são uma estimativa conservadora", indica o estudo.
Medicamentos, dispositivos médicos e tarefeiros na mira dos cortes no SNS
De acordo com o Orçamento de Estado para 2026 entregue, esta quinta-feira, no Parlamento, o Governo quer reduzir em 10% a despesa com compras de bens e serviços para o SNS, uma rubrica onde cabem as despesas com medicamentos, dispositivos médicos, transporte de doentes, convenções com privado e prestação de serviços médicos, entre outras. Serão menos 887 milhões de euros de despesa num contexto de envelhecimento da população e de expectável crescimento da atividade do SNS, o que levanta dúvidas sobre a sua exequibilidade. Em declarações ao "Público", os administradores hospitalares alertam para "meta ambiciosa" que nunca foi atingida.
Doentes sociais ocupam 103 camas do Hospital de São José
O Hospital de São José, em Lisboa, tem, neste momento, 103 doentes sociais internados nas enfermarias, com alta clínica, mas a aguardar a resolução de situação social para libertarem as camas que ocupem na Unidade Local de Saúde lisboeta, revela o "Correio da Manhã". Embora não seja da sua responsabilidade, a ULS está a tentar "a contratualização de camas sociais no exterior a entidades privadas ou sociais" para poder responder à grande afluências que provoca congestionamento e faz com que os doentes fiquem vários dias nas urgências à espera de vaga nas enfermarias.
Dermatologia do Egas Moniz põe todos em perigo
Uma inspeção do Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho, de 2024, concluiu que todos os que trabalham ou frequentam o serviço de Dermatologia do Hospital Egas Moniz podem ter a sua segurança e saúde comprometidas, pois medições da "qualidade do ar ambiente revelaram níveis alterados de formaldeíco e de compostos orgânicos (COVs), reforçando a perceção de risco e a necessidade urgente de ação". Grávidas e lactantes estão proibidas de entrar. Segundo o "Nascer do Sol", a técnica Ana Realinho, do Serviço de Segurança e Saúde no Trabalho, apresentou um relatório, no qual anota que "todo o edificado requer obras de reabilitação profundas, com urgente necessidade de remoção da cobertura em fibrocimento. A existência deste material no telhado inviabiliza a possibilidade de intervenção no teto falso de aglomerado de cortiça e limita toda a possibilidade de reabilitação do edifício. Urge a realização de obras de requalificação do sistema de drenagem de águas residuais, assim como a melhoria dos sistema de ventilação de todo o edifício".
Governo desiste de taxar sacos de plástico ultraleves
A cobrança de uma nova taxa de quatro cêntimos pela utilização de sacos plásticos muito leves usados para produtos a granel (como pão, frutas e legumes) devia ter entrado em vigor a 1 de janeiro de 2024, mas a medida continua por aplicar. Agora, sabe-se que, por vontade da ministra do Ambiente e da Energia, esta taxa nunca será cobrada, anota o "Expresso". De acordo com Maria da Graça Carvalho, "é opção política deste Governo procurar alternativas às taxas e optar por soluções mais sustentáveis, em substituição do plástico", algo em que estão "a trabalhar". Mas não esclarece que alternativas sustentáveis são essas.
Rede elétrica sem capacidade para todos os centros de dados
A corrida da economia de dados é global e mexe com Portugal: o Ministério do Ambiente e Energia revelou ao suplemento de Economia" do Expresso", que os promotores de centros de dados já solicitaram 26,5 gigawatts (GW) de potência à rede elétrica nacional, o que obrigará à criação de novas infraestruturas de transporte de energia. Esses pedidos superam toda a potência de produção de eletricidade instalada no país, que, segundo a REN - Redes Energéticas Nacionais, é de 23,4 GW.
Caixa vai dar dividendo recorde de mil milhões ao Estado
O Governo está a contar com uma receita de mil milhões de euros em dividendos da Caixa Geral de Depósitos em 2026, ou seja, a vasta maioria dos 1,13 mil milhões de euros em dividendos a receber pelo Estado das empresas públicas no próximo ano. A confirmar-se, será o maior dividendo de sempre distribuído pelo banco público, que em 2025 transferiu 850 milhões para o Tesouro, e tem implícito um resultado líquido de mais de 2 mil milhões, segundo o "Negócios".
Durão Barroso integra grupo de Defesa da Europa
O antigo primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia vai integrar um grupo de alto nível para refletir e aconselhar a Europa em matérias de Defesa. Este grupo foi criado pelo comissário europeu para a Defesa, o ex-primeiro-ministro lituano Andrius Kubilius e a ideia surge "na sequência dos efeitos causados pela invasão da Ucrânia pela Rússia". Além de Durão Barroso, outros antigos governantes dos Estados-membros da União Europeia, como o italiano Enrico Latta, que é agora o presidente do Instituto Jacques Delors, bem como o sueco Carl Bildt e o belga Herman van Rompuy.