O presidente da Cãmara de Aveiro, Ribau Esteves, disse este sábado no congresso do PSD, em Almada, que não foi por causa de uma investigação criminal que o governo caiu. Foi porque o PS já não aguentava viver em cima do "próprio lixo", disse, considerando que o PSD tem de dizer basta.
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"Nós não temos uma crise política por causa de uma investigação criminal, esta crise nasceu da demissão de um primeiro-ministro que assentou o seu poder numa maioria parlamentar que apodreceu, do lixo que António Costa foi acumulando debaixo do seu tapete", disse Ribau Esteves, apontando o dedo ao primeiro-ministro demissionário por não ter demitido ministros como João Galamba.
"Quem é que não demite tanto ministro que faz tanta asneira, um ministro que anda á porrada dentro do seu gabinete", questionou o presidente da Câmara de Aveiro, falando numa "maioria socialista podre demais que já não aguenta sentar-se e viver em cima do seu próprio lixo".
Por essa razão, Ribau Esteves disse que o PSD precisa de marcar bem a diferença face ao PS, mas também face ao Chega.
Jogar o terreno todo
"É o PSD que tem de dizer basta a uma série de coisas", disse, apontando "a falta de autoridade dos professores na sala de aula e uma imigração de portas abertas, desregrada que nos causa problemas a nós que cá vivemos. É preciso cuidar das pessoas com a devida qualidade", disse.
"Somos nós que temos de dizer basta, porque há outros que tem uma palvara sinónima. Temos que os ganhar pelos argumentos da política e da razão", disse, referindo-se aos temas que são habitualmente bandeira do Chega. "Temos de jogar o terreno todo, sermos verdadeiramente uma equipa que combate os que estão no poder", disse, acreditando que este congresso será a rampa de lançamento para uma vitória do PSD nas legislativas antecipadas de 10 de março.