O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) realçou, esta terça-feira, que a atual conjuntura política obriga a um esforço maior para que o acordo com o Ministério da Saúde seja possível. Recorde-se que após o pedido dos sindicatos, o Governo marcou uma nova ronda negocial para quinta-feira.
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“Sabemos que se não for possível, só muito provavelmente em setembro ou outubro é que voltaremos à mesa negocial com qualquer que seja o Governo que for eleito”, afirmou Jorge Roque da Cunha, em declarações aos jornalistas, à saída de uma reunião com o secretário de Estado da Saúde sobre os centros de responsabilidade integrados (CRI) e as unidades de saúde familiar (USF).
O líder do SIM adiantou que vai apresentar uma contraproposta aos indicadores de desempenho das USF, por considerar que dão um peso excessivo às prescrições de medicamentos e exames e aos internamentos evitáveis. Quanto aos CRI considerou que a proposta da tutela é aceitável.
A FNAM não participou na reunião porque a tutela recusou que fosse online e não enviou documentos preparatórios, explicou Joana Bordalo e Sá.
Em comunicado, o Ministério da Saúde lembrou que as datas das duas reuniões foram publicamente disponibilizadas pela FNAM.
Na quinta-feira, há uma nova reunião negocial com os dois sindicatos e o Ministério da Saúde para discutir temas com a valorização da carreira dos médicos, as grelhas salariais, o tempo de trabalho na urgência e o limite anual das horas extraordinárias.
Antes disso, o secretário de Estado da Saúde reúne-se amanhã com os sindicatos dos enfermeiros sobre os CRI e as USF.