
EPA/Peter Komka
Na madrugada de terça-feira (dia 27) acontece um dos fenómenos lunares mais raros, e por isso, um dos mais especiais. É a primeira superlua do ano 2021 e chama-se Rosa.
"A lua vai estar no ponto mais próximo da Terra e é a primeira lua cheia da primavera". Dois fenómenos que fazem desta "a maior e mais brilhante lua do ano", descreve Ricardo Reis, técnico do Planetário do Porto - Centro de Ciência Viva e Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.
Quanto ao nome Rosa não significa que a lua fique tingida dessa cor. A nomenclatura popular para esta lua cheia, que acontece mais ou menos na altura da primavera, é porque coincide com o florescimento das flores "e por isso associa-se este nome, ela não muda mesmo de cor" revela Ricardo Reis.
O especialista explicou ainda que "a única coisa que a pode fazer mudar de cor são eclipses da lua - quando a Terra está entre o sol e a lua - e nessa altura ela fica com uma tonalidade avermelhada".
Qualquer lua cheia nasce mais ou menos quando o sol se está a pôr e põe-se mais ou menos quando o sol está a nascer. Por isso, ela vê-se durante toda a noite. Quando uma superlua cheia está mais "próxima do horizonte, ela parece gigantesca, no entanto não está assim tão maior do que isso", esclarece Ricardo Reis. "Não existe um sítio específico para se ver melhor, desde que se tenha visão para o céu" garante.
A lua quando está mais em baixo dá a sensação de estar maior "porque temos objetos de comparação: como árvores ou prédios e ela parece sempre maior, embora fisicamente não esteja", conta o técnico. Desta vez, porque é "especial", além deste efeito, que é psicológico, há ainda o efeito físico. Como estará mais próxima da Terra, está efetivamente um bocadinho maior", afirma.
Acontecem duas ou três superluas por ano e, regra geral, são em meses consecutivos, devido à ligeira diferença entre a duração do mês e a duração do período lunar. Para além da superlua Rosa, haverá uma segunda superlua no dia 26 de maio. Estes serão os dois únicos fenómenos lunares do género durante 2021.
Normalmente, no Planetário do Porto fazem-se observações. Este ano, por causa dos efeitos da pandemia, "não será possível". Resta esperar bom tempo para que seja possível a todos assistir ao espetáculo.
