Janela Indiscreta, Voz do Cidadão, 5 para a Meia-Noite e Agora Nós. São estes os formatos da RTP que deixam de ser feitos por produtoras externas para passarem a ser produzidos internamente.
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A confirmação da decisão foi dada por Daniel Deusdado, diretor de programas da RTP1, e prende-se essencialmente com "contenção de custos" da estação e "aumento da produtividade interna", avança o responsável.
O magazine de cinema conduzido por Mário Augusto há quase 14 anos (oito na SIC com o nome de 35 mm e os últimos seis na RTP2) foi, até agora, produzido pela Até ao Fim do Mundo. O contrato entre a produtora e a estação pública cessou no final de 2015.
"A RTP, nessa lógica de contenção de custos, decidiu mudar os métodos de produção deste tipo de programas [de entretenimento], mas quer continuar com este projeto reformulado. Será feito a partir do Porto pelo departamento RTP Inovação", explicou o apresentador ao nosso jornal.
O conteúdo do novo programa, ainda sem nome definido e com data de estreia prevista para final de fevereiro, manter-se-á "praticamente igual". "Vamos passar a dar também espaço aos filmes que passam nos canais RTP", disse Mário Augusto.
Também Voz do Cidadão deixará de ser produzido pela Até ao Fim do Mundo. O espaço da responsabilidade do provedor do espetador, Jaime Fernandes, será feito internamente. No entanto, "terá um jornalista externo para assegurar a independência editorial, de acordo com o que está definido no Estatuto do Provedor", assegura Daniel Deusdado. A escolha recaiu sobre Pedro Castro.
Também em fevereiro, o late night show 5 para a Meia-Noite e o programa Agora Nós - feitos, até agora, pela Eyeworks Portugal (o segundo pela Coral Europa até ao verão de 2015) - passarão a ser produzidos por profissionais da RTP.
O operador público fica assim mais perto de concretizar um dos objetivos que a administração presidida por Gonçalo Reis apresentou, no início deste ano, no seu Plano Estratégico ao Conselho Geral Independente: produzir o day time internamente.