O presidente do PSD recuou e já não quer adiar as eleições diretas do partido para depois das legislativas. Pelo contrário. Agora, pretende antecipar "uma ou duas semanas" em relação à data marcada, 4 de dezembro, tal como o congresso do partido, agendado para janeiro.
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"Tenho o meu mandato até fevereiro", sublinhou Rui Rio, numa entrevista à TVI, em que colocou "um ponto final" à contenda com o presidente da República, apesar de este ter indicado uma data diferente daquela que sugeriu. "O Presidente decidiu 30 de janeiro, está decidido, há que ir em frente, ponto final parágrafo", afirmou.
Recorde-se que o líder do PSD tinha sugerido a data de 16 de janeiro como o limite para marcar as legislativas antecipadas caso o Presidente tivesse apenas em conta o interesse nacional.
O líder do PSD tentou afastar, assim, a imagem de que está agarrado ao poder, por ter sugerido o adiamento das diretas. E garantiu não ter medo de ir a votos. "Eu estou numa missão. Meti-me nesta missão e tenho obrigações", justificou, assegurando que não vê as diretas como um caso de "vida ou de morte".
Últimas legislativas
Por isso, após ser conhecida a data das legislativas, Rui Rio propõe, agora, a antecipação das diretas e do congresso, "uma ou duas semanas". Para evitar dar vantagem ao PS na pré-campanha, justificou.
"Vou ver se temos margem para fazer isto mais depressa, puxando isto tudo, comprimindo", revelou o líder do PSD, admitindo que, se perder as legislativas, poderá ficar só "um ou dois meses". "Ou eu sou primeiro-ministro ou são as últimas eleições da minha vida", disse, avisando Paulo Rangel que a preparação das legislativas não é uma "corrida de 100 metros".
"O mais importante é estar preparado para governar", atirou ao seu adversário, que acusou de não ter tido coragem de concorrer "uma única vez" à Câmara do Porto.