Já estão a ser testados em 14 locais os novos radares de velocidade média. Ainda não há data para a entrada em funcionamento dos equipamentos, mas a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) prevê que comecem a passar contraordenações já este verão. Saiba onde estão e como vão funcionar.
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O que são radares de velocidade média?
Os radares de velocidade média são diferentes dos equipamentos que se encontram já em vários pontos da rede rodoviária nacional e que são utilizados, também, pelas autoridades policiais, nomeadamente a PSP e a GNR. Há dois aparelhos que estão colocados no início e no fim de um troço de elevada sinistralidade. O primeiro equipamento, dotado de câmara, fotografa a matrícula e a hora exata da passagem do veículo e o segundo regista, novamente, a hora e a matrícula. Estes radares calculam, depois, a velocidade média entre os dois pontos para perceber se o condutor cumpriu ou não os limites legais de velocidade no troço em questão.
Onde é que estão a ser testados?
Portugal adquiriu 10 radares de velocidade média que fiscalizarão, de forma rotativa, 20 locais com índices elevados de sinistralidade. Neste momento, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) está a testá-los em 14 locais que abrangem estradas nacionais, autoestradas e intinerários complementares, nomeamente no IC1, em Beja; na A1 e na EN109, em Coimbra; na A6 e no IP2, em Évora; na EN10, na EN6-7 e no IC19, em Lisboa; na A3, no Porto; na A1, em Santarém; e na EN10, EN378, EN4 e IC1, em Setúbal.
Ainda não é conhecida a totalidade das localizações dos novos radares.
Qual é a diferença entre um radar fixo e um radar de velocidade média?
Ambos os radares têm um efeito dissuasor e, geralmente, obrigam a maioria dos condutores a reduzir a velocidade. O radar fixo funciona melhor num ponto negro (ou seja, um local específico numa via onde, sistematicamente, ocorrem acidentes graves, potenciados pela circulação em excesso de velocidade). Já o radar de velocidade média é mais adequado para estradas, onde se encontram troços de alguns quilómetros com níveis elevados de sinistralidade, e consegue fiscalizar várias faixas de rodagem.
A ambição da ANSR (apoiada na experiência com estes equipamentos no estrangeiro) é de que os condutores reduzam a velocidade de circulação nesses troços e, com isso, se verifique uma diminuição do número de acidentes. A velocidade de circulação é uma das principais causas dos acidentes rodoviários, em especial sinistros com feridos graves e vítimas mortais.
Os radares vão ser colocados à mesma distância em todas as vias?
Não. A distância da instalação dos radares e, consequentemente a área controlada pelas autoridades, dependerá das características de cada troço. Embora, em média, estes equipamentos cobrem áreas até 10 quilómetros, não ficarão a essa distância em todas as estradas.
Tudo dependerá das condições específicas da parcela da via que se pretende fiscalizar. Segundo a ANSR, haverá troços em que ficarão entre três a quatro quilómetros de distância.
Os condutores serão avisados da existência dos radares?
Sim. Além da sinalização no local (foi criado um sinal de trânsito, H42, em 2022), também será publicado no site da ANSR a localização e a data de entrada em funcionamento dos radares.
Ainda não há data para a entrada em funcionamento dos equipamentos, mas a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) prevê que comecem a passar contraordenações já este verão.