Saldo natural negativo desagrava-se e na Grande Lisboa foi mesmo positivo
No ano passado, nascimentos ultrapassaram os 85 mil, enquanto os óbitos caíram 4,8% para os 118 mil. Quase um terço dos bebés eram filhos de mães com 35 e mais anos de idade
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No vermelho desde 2009, e depois de se ter afundado em 2021, na sequência da elevada mortalidade potenciada pela pandemia, o saldo natural fechou o ano passado nos -32.596. O que se explica pelo aumento de nascimentos (+2,4%) e pelo decréscimo de óbitos (-4,8%). Um desagravamento que se verificou em todas as NUTS II, com pior desempenho no Norte, destacando-se a Grande Lisboa, com um saldo natural positivo. Resta saber, agora, qual o comportamento do saldo migratório para perceber se a população residente em Portugal continua a aumentar.
Os dados na manhã desta terça-feira divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) dão nota de um desagravamento do saldo natural para -32.596 no ano passado, naquele que é o melhor desempenho, apesar de negativo, desde 2020. Tendência que se fez sentir em todas as regiões, mas pior a Norte, com o saldo natural negativo “mais acentuado” (-11.031). Em contraciclo, a Grande Lisboa “foi a única região NUTS II a registar um saldo natural positivo (+461)”. Isto depois de três anos consecutivos no vermelho.