Santos Silva e maioria dos partidos dizem que regras sobre trabalhos são suficientes
A conferência de líderes decidiu esta quarta-feira que não são necessárias mais regras ou um quadro sancionatório diferente do atual para garantir o regular funcionamento dos trabalhos parlamentares, anunciou o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.
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"A conferência de líderes acompanhou também a minha posição, que é a posição de que nós não precisamos de mais regras, não precisamos de um quadro sancionatório diferente", afirmou Santos Silva, dizendo que a sua posição foi apoiada por todos os grupos parlamentares "menos um", sem concretizar que era o Chega.
O presidente do Parlamento falava aos jornalistas após uma reunião da conferência de líderes que durou mais de três horas e que debateu, num ponto específico e autónomo, "questões de comportamento e disciplina no plenário".
Segundo Augusto Santos Silva, o entendimento da conferência de líderes é o de que as regras que o Regimento, o Código de Conduta dos Deputados e o Estatuto dos Deputados "preveem são bastantes", e "devem ser usadas para que o prestígio do parlamento seja defendido e para que os trabalhos parlamentares decorram com a liberdade, vivacidade e também com urbanidade".
O presidente do Parlamento exemplificou que segundo as regras atuais, quem esteja a presidir aos trabalhos parlamentares, já "pode retirar a palavra" a um deputado, salvaguardando que tal nunca aconteceu, ou recorrer aos meios que entender necessários e a medidas convenientes para manter a disciplina e a ordem em plenário.
Questionado várias vezes se pretende recorrer a agentes da PSP em situações deste tipo, Santos Silva reiterou apenas que serão utilizados os meios estritamente necessários e proporcionais, sem concretizar.