O presidente da Assembleia da República considera que as buscas à residência oficial do primeiro-ministro, a um ministério e casas particulares “não parecem ter dimensão de um casinho”. Por isso, Augusto Santos Silva pede “esclarecimentos” à Procuradoria-Geral da República (PGR).
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“O que eu sei é que o Ministério Público tem não o dever, mas o poder - não é uma obrigação, é uma faculdade - de prestar esclarecimentos públicos sempre que entender sobre processos que estejam em curso. Não podemos deixar de reconhecer que há um alarme social associado à realização de buscas a sedes de partidos ou a ministérios ou às instalações em que trabalha o primeiro-ministro”, admitiu o presidente da Assembleia da República, no programa do Público e da Renascença “Hora da Verdade”.
Para Augusto Santos Silva, as buscas que envolvem o Governo não representam um “casinho”. “Não me parece que estejamos aqui perante mais uma questão de casinhos”, assumiu o presidente do Parlamento, embora ressalve ainda conhecer poucos pormenores sobre a situação.
“A única coisa que eu sei é que, à hora a que estou a responder a isto, o Ministério do Ambiente confirmou que estavam a decorrer buscas na sua sede e vários órgãos de comunicação estavam a informar que havia buscas também a decorrer na residência oficial do primeiro-ministro, noutro ministério, num município e em casas particulares e, portanto, eu diria que isto não parece propriamente ter a dimensão de um casinho”, declarou Santos Silva.