O presidente da Assembleia da República participou, esta sexta-feira, na última arruada - chuvosa - do PS, em Lisboa. Em exclusivo ao JN, Santos Silva enalteceu a "energia" de Pedro Nuno Santos, disse acreditar que a maioria dos indecisos penderá para os socialistas e garantiu que não haverá "ingovernabilidade".
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"Creio que, quanto mais gente votar, maior será o resultado do PS", afirmou Santos Silva, durante a tradicional descida do Chiado. Disse estar confiante e considerou que a campanha correu "muito bem" .
"As pessoas conhecem o PS e sabem o que o PS propõe. Foi a nossa campanha que apresentou e discutiu ideias, nesta combinação entre prosseguir o trabalho e governar com nova energia". O presidente da Assembleia, recorde-se, não apoiou Pedro Nuno Santos nas eleições internas do PS, em dezembro, tendo optado por ficar ao lado de José Luís Carneiro.
Questionado sobre o "dia seguinte" - isto é, os cenários de construção de uma maioria à Esquerda caso ninguém alcance a maioria absoluta -, a segunda figura do Estado deixou todos os cenários em aberto: "primeiro vamos ver os resultados, depois logo se vê. Uma coisa é certa: o PS nunca contribuiu para a ingovernabilidade do país e não será desta vez que o fará".
Ana Catarina Mendes e Ferro Rodrigues confiantes
A ministra dos Assuntos Parlamentares, também questionada, durante a arruada, sobre os cenários de governabilidade à Esquerda, preferiu não se alongar. "Como sempre, temos de saber ler o que os portugueses nos disserem nas urnas. É nesse quadro que devemos trabalhar", respondeu Ana Catarina Mendes.
A governante disse estar "muito confiante" por três motivos: porque "os portugueses sabem o que os Governos do PS fizeram ao longo destes oito anos", porque assistiu a "uma mobilização muito esclarecedora" em Lisboa e ainda porque, garante, tem sentido a "confiança" das pessoas em Setúbal, distrito pelo qual é cabeça de lista.
Eduardo Ferro Rodrigues, que se juntou igualmente à arruada, pede que os portugueses votem simultaneamente "com a razão e com o coração". Ao JN, o antigo líder socialista e ex-presidente da Assembleia da República acrescentou: "Sobretudo, apelo a que tenham memória e votem com sentido de justiça. Se isso acontecer, o PS à frente".