A Organização Mundial de Saúde confirmou a existência de um segundo caso de ébola na Serra Leoa, uma semana após ter declarado o fim da epidemia na África Ocidental.
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O porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS), Gregory Hartl, confirmou o segundo caso de ébola na Serra Leoa, esta quinta-feira em declarações à agência EFE, em Genebra.
Trata-se uma mulher, tia da doente que morreu no passado dia 15 e que cuidou da sobrinha nos primeiros dias da doença. Segundo Gregory Hartl, a mulher está isolada num hospital e a ser tratada.
O porta-voz indicou também que foram identificadas até agora 150 pessoas que tiveram contacto com a mulher que morreu a 15 deste mês e que estão a ser observadas para se detetar se têm sintomas da doença.
A origem do novo foco está ainda a ser investigada, acrescentou Hartl, uma vez que a Serra Leoa fora declarada "país livre de transmissão de Ébola" a 7 de novembro de 2015, após superar uma epidemia que provocou cerca de 4 mil mortos.
Os três países mais afetados pela epidemia - Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa - encontram-se na fase de "gestão de risco", após as autoridades sanitárias terem cumprido a fase de "gestão de casos", o que implica não baixar a guarda.
A epidemia de Ébola na África Ocidental afetou 28637 pessoas e vitimou mortalmente 11315 delas.
Iniciada em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri, a epidemia propagou-se depois aos vizinhos Libéria e Serra Leoa, três países que concentraram 99% dos casos, bem como à Nigéria e Mali.
A OMS já admitiu que o balanço está subavaliado e advertiu que o risco persiste, dado que o vírus permanece em certos líquidos corporais de sobreviventes, nomeadamente no esperma, onde pode subsistir até nove meses.
A Libéria foi o primeiro país a ser declarado "livre da transmissão" de ébola, em maio de 2015, enquanto na Serra Leoa tal aconteceu a 7 de novembro desse ano. Na Guiné-Conacri igual anúncio foi feito a 29 de dezembro.