Cinquenta mil alunos dos 3.º, 6º.º e 9º.º anos do Ensino Básico, de 1350 escolas do país, começaram, na terça-feira, a participar na segunda edição do Estudo Diagnóstico das Aprendizagens, destinado a avaliar o impacto da pandemia de covid-19, revela ao JN o IAVE -Instituto de Avaliação Educativa.
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Em resposta a um pedido de informação do JN, o IAVE explica que, à semelhança da primeira edição do estudo, realizado em janeiro de 2021, as provas incidem nas literacias matemática, científica, de leitura e de informação, e estão a ser realizadas em suporte digital.
A amostra do estudo é constituída por 1350 escolas da rede pública, particular e cooperativa de todo o país. As provas decorrem entre os dias de 10 de janeiro e 8 de fevereiro de 2023, competindo aos estabelecimentos de ensino determinar em que data pretendem aferir os conhecimentos dos alunos.
O IAVE adianta que as tarefas do Estudo Diagnóstico das Aprendizagens têm a duração de 30 minutos para cada uma das três literacias em estudo, acrescendo cerca de 20 minutos para dar resposta a um questionário de contexto. "Este estudo envolve a aplicação de tarefas e um questionário, com o objetivo de recolher informação relevante para o sistema educativo e para as escolas", esclarece o IAVE.
A intenção é identificar as áreas de intervenção prioritária e apoiar a adoção das "medidas educativas adequadas à melhoria das aprendizagens dos alunos".
Participação obrigatória
A participação das escolas e dos alunos é obrigatória e, tal como há dois anos, as provas são feitas numa plataforma digital."Importa reforçar os dados disponíveis sobre a qualidade das aprendizagens, afetadas pelo período pandémico",lê-se na Resolução de Conselho de Ministros n.º 66/2022, de 22 de julho.
"O Relatório de Resultados Nacionais, volume I, será publicado previsivelmente durante o mês de abril de 2023", avança o IAVE. A realização dos dois estudos enquadra-se nas medidas de mitigação do impacto da pandemia, que deram origem ao Plano 21|23 Escola+, destinado a recuperar as aprendizagens a combater o agravamento das desigualdades, em dois anos letivos.