Poderá anunciar decisão no seu comentário de quinta-feira na CNN. Eleição de Carneiro é vantagem para o ex-líder socialista.
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António José Seguro prepara-se para lançar a candidatura presidencial, aproveitando, tal como fez Marques Mendes, o seu espaço de comentário televisivo. O anúncio poderá ser já na quinta-feira, na CNN, confirmando o que há muito é dado como certo. A diferença é que, no leme do PS, passará a ter um amigo e apoiante de longa data. A eleição de José Luís Carneiro como secretário-geral, nas diretas do final deste mês, abre caminho a um eventual apoio do partido, quando António Vitorino e Augusto Santos Silva entraram na equação, mas não revelaram ainda qualquer decisão.
Sampaio da Nóvoa, que o JN noticiou em fevereiro como eventual candidato, pondera voltar a concorrer, de olhos postos nos apoios e incentivos que tem colhido mais à esquerda, como do BE e do Livre. O partido de Rui Tavares foi o único que saiu reforçado das legislativas neste campo político.
Elogios do futuro líder
O xadrez começa a definir-se, após Gouveia e Melo ter apresentado a candidatura poucas horas antes de Mendes receber o apoio do Conselho Nacional do PSD. O almirante está a agitar as águas da Direita, desde logo pelo facto de Rui Rio ter sido anunciado como mandatário.
Quanto ao PS, continua por discutir e aprovar uma estratégia, enquanto se dedica agora ao processo interno para ocupar o lugar deixado vago por Pedro Nuno Santos.
Numa entrevista ao JN e à TSF em março, o deputado e antigo ministro da Administração Interna não escondeu que vê uma candidatura de Seguro com bons olhos, destacando os seus “contornos singularmente importantes”.
"António José Seguro tem vindo a afirmar uma vontade, embora não a tenha assumido, e parece-me cada vez mais clara. O perfil da sua candidatura começa a ganhar contornos mais definidos e singularmente importantes. Mas é preciso que aqueles que desejam ser candidatos assumam a candidatura para que os órgãos do partido tomem uma decisão”, afirmou José Luís Carneiro.
“Não quero substituir-me ao secretário-geral nem à própria Comissão Política Nacional, mas, tendo em conta o contexto político e os termos em que António José Seguro tem vindo a marcar a sua singularidade pessoal e cívica na relação com o país, diria que tem vindo a ganhar terreno”, acrescentou na altura. Numa entrevista à RTP3, já na semana passada, reafirmou ser preciso que os que querem disputar as presidenciais avancem com as candidaturas e o PS avaliará em seguida quem deve apoiar.