António José Seguro, secretário-geral do PS entre 2011 e 2014, admite voltar um dia à política para dar "um contributo" de forma "mais efetiva" ao país. Contudo, o socialista - que se afastou da política depois de perder a liderança do partido para António Costa - refere que, para já, isso não está no seu "horizonte".
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"Sou um cidadão português que gosta da política com 'P' grande", afirmou Seguro, esta sexta-feira, na Guarda, minutos depois de ter votado nas eleições internas do PS.
O socialista prosseguiu: "Portanto, se algum dia houver essa oportunidade de conciliar as minhas convicções com as oportunidades, e se isso me der um impulso no sentido de dar um contributo ao meu país de maneira mais efetiva no espaço público, por que não?". No entanto, acrescentou: "Neste momento, não é isso que está no meu horizonte".
Seguro não quis revelar em quem votou, optando apenas por expressar a sua "preocupação e inquietação" com a "situação da nossa democracia". Questionado sobre se, a seu ver, esta tem sido maltratada, respondeu: "Em muitos aspetos, sim".
O socialista vincou que, de modo a que o país se possa "reencontrar" com as instituições, "o exemplo tem de vir de cima, ao mais alto nível". Em concreto, mencionou o presidente da República.
"Nos 50 anos da democracia, a vida dos portugueses devia estar melhor em mts aspectos", concluiu Seguro.