Depois dos indonésios na pesca, indianos, nepaleses, paquistaneses e bengalis são às centenas nos campos. Vistos como estando a roubar emprego, às vezes são explorados.
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“Pessoas são boas, patrão muito bom, comida também, só rendas é que são muito altas”, atira Jagmit Singh, sorrindo. Está há cinco anos em Portugal. Há dois na exploração de Manuel Silva, na Aguçadoura, na Póvoa de Varzim. Por ali, no coração da zona hortícola do Norte, a mão de obra da Índia, Nepal, Paquistão e Bangladesh na agricultura aumenta a cada dia. Na vizinha Vila do Conde, são os indonésios quem sustenta a pesca. O setor primário está, cada vez mais, dependente dos estrangeiros. Em dez anos, viu triplicar os trabalhadores vindos de fora. Com contrato de trabalho, eram, no final de 2021, quase 18 mil, um quarto da mão de obra.
À vaga dos países do Leste, no virar do milénio, sucede-se agora uma nova vaga migratória vinda da Ásia. Quem trabalha no campo agradece.