Separar custo dos resíduos e da água é justo mas pode não ficar barato
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) diz que ainda há incerteza sobre os métodos para contabilizar os detritos e os valores a cobrar pelos municípios. Os restaurantes vão deixar de ter a fatura do lixo indexada ao consumo de água.
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A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) considera que é “mais justo e alinhado com a realidade ambiental” que a tarifa de resíduos urbanos aplicada a restaurantes, comércio e serviços deixe de estar indexada ao consumo de água, como prevê a lei a partir deste ano. Mas “ainda existem incertezas sobre a metodologia que será utilizada para contabilizar os resíduos e os valores a serem cobrados pelos municípios”, pelo que, “embora a lógica da medida seja benéfica, não se pode garantir que os custos totais para as empresas diminuam”, alerta.
Há muito que a AHRESP defende que “indexar as tarifas de resíduos ao consumo de água era inadequado e injusto, sobretudo porque não havia uma ligação real entre o consumo de água e a produção de resíduos. Além disso, tal método penalizava empresas com consumos de água elevados, como é o caso da restauração, e as empresas que já separavam e reciclavam corretamente os seus resíduos”. Para quem não separava os resíduos, este pode ser um forte incentivo, uma vez que a “redução de lixo indiferenciado implicará uma fatura mensal mais baixa”.