Sérgio Figueiredo, que tem estado sob os holofotes nos últimos dias por ter sido contratado para assessorar Fernando Medina, recebeu 30 mil euros num contrato de 20 dias com a Câmara Municipal de Lisboa, na altura presidida pelo atual ministro das Finanças.
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O antigo diretor de informação da TVI ganhou, através da sua empresa Plataforma Coerente, um contrato de 30 mil euros, por 20 dias, para um trabalho sobre a promoção do comércio local, destinado às compras de Natal de 2020.
De acordo com a revista "Sábado", o trabalho surgiu depois de Sérgio Figueiredo ter alertado Fernando Medina para a necessidade de ajudar os comerciantes de Lisboa. "Estávamos no segundo confinamento. Todos os dias fechavam lojas de bairro", explicou o novo assessor do ministro das Finanças.
O trabalho consistiu num videoclipe onde aparecem diversas figuras públicas, com depoimentos gravados com telemóvel, a proferir mensagens de apoio ao comércio local.
Questionado pela revista sobre se os custos da produção justificam o contrato de 30 mil euros, Sérgio Figueiredo diz que o valor não se limita aos meios técnicos. "Há 20 e tal figuras públicas a dar a cara pela causa.... isto não vale nada? Como acha que elas foram mobilizadas? (...) E a conceção da campanha? Os copy? Enfim...", respondeu.
A campanha em causa é esta:
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Recorde-se que Sérgio Figueiredo havia contratado Fernando Medina como comentador da TVI no verão de 2015.
O antigo diretor de informação da TVI Sérgio Figueiredo vai auferir um salário superior a 5800 euros, enquanto consultor de políticas públicas do Ministério das Finanças. As primeiras informações davam conta que o antigo jornalista iria receber um valor equiparado ao do ministro, que recebe 4787 euros ilíquidos, mas esse valor será superior.