Serviço militar obrigatório acabou há 20 anos. Deve regressar "para ontem" ou ameaça russa é "disparate"?
Esta terça-feira cumprem-se 20 anos desde que o Serviço Militar Obrigatório (SMO) terminou formalmente, uma decisão tomada pelo Governo de António Guterres e consumada pelo de Santana Lopes. Recentemente, à boleia da guerra na Ucrânia, o debate sobre o tema voltou a instalar-se nos países da NATO.
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Ao JN, o major-general Arnaut Moreira diz ser preciso reintroduzir o SMO “para ontem”, mas o major-general Carlos Branco lembra que os partidos fogem do tema “como o diabo da cruz”. Ambos têm visões diferentes sobre a existência de uma ameaça russa.
“A Europa desabituou-se muito rapidamente da guerra fria”, afirma Arnaut Moreira. Falando em “facilitismos”, lamenta que um dos argumentos usados a favor do fim do SMO tenha sido o de que a “sofisticação” dos equipamentos exigia militares profissionais. Refere que a tecnológia tornou tudo “mais simples de operar”.