A Direção-Geral da Saúde confirmou esta quarta-feira a existência de um surto de sarampo no Hospital de Santo António, no Porto, onde pelo menos cinco profissionais de saúde estão infetados.
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Há já sete casos confirmados no Porto - três dos quais estão internados, um em situação instável. Há outros 32 casos sob investigação.
O balanço evoluiu desde a noite de terça-feira e é de esperar que surjam mais casos. Na terça-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou a existência de dois casos de sarampo confirmados e o Hospital de Santo António informou que sinalizou 20 profissionais de saúde com sintomas suspeitos da doença, que é altamente contagiosa e pode ter evolução grave, sobretudo em pessoas não vacinadas.
Ao fim do dia desta quarta-feira, o número de casos suspeitos era já de 32 e havia três doentes internados, um em situação clinicamente instável.
Tudo indica que o "paciente zero", um homem de 27 anos que está clinicamente curado, tenha contraído a doença em França. A 26 de fevereiro, teve os primeiros sintomas (erupção cutânea, manchas na bochecha interna, dores musculares e cansaço) e não estava vacinado.
Graça Freitas fez um forte apelo à vacinação porque "a doença atinge principalmente as pessoas não vacinadas". Pediu aos portugueses que consultem os boletins, apelou aos pais para não atrasarem a vacinação dos 12 meses e dos cinco anos e pediu "muita atenção aos profissionais de saúde", que devem receber duas doses da vacina, independentemente do ano de nascimento.
Na Europa estão a ressurgir casos de sarampo - em 2017 triplicaram - devido à não vacinação. Em Portugal, a taxa de vacinação é elevada, principalmente no Norte.