Limitado por um Executivo minoritário, Montenegro tem no imediato várias promessas para cumprir, como negociar com forças de segurança e professores, e lançar o plano de emergência no SNS até 2 de junho.
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Finanças: aumentar salários sem descontrolo
O ministro das Finanças enfrenta a árdua tarefa de, simultaneamente, manter as contas sob controlo e cumprir o rol de promessas de Montenegro. Aliás, mesmo com o excedente orçamental de 1,2%, o primeiro-ministro avisou que o país não está de “cofres cheios”. Quando a AD prevê baixar impostos em cinco mil milhões de euros, a valorização de salários na Administração Pública promete fazer disparar a despesa e o PS já se ofereceu para um orçamento retificativo dedicado a forças de segurança, professores, profissionais de saúde e oficiais de justiça. Mas Miranda Sarmento “terá consigo Pedro Duarte e Leitão Amaro para o auxiliar” no “papel difícil de satisfazer o caderno de encargos” de Montenegro, destacou o politólogo Miguel Ângelo Rodrigues. O primeiro a negociar com os outros partidos na Assembleia e o segundo a gerir sensibilidades no seio do Governo.