O secretário-geral da Saúde anunciou, esta segunda-feira, que está prevista a chegada a Portugal, esta semana, sete milhões e 900 mil máscaras cirúrgicas.
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De acordo com António Lacerda Sales, chegarão ainda do mercado externo quatro milhões de respiradores FFP2 e FFP3. Fruto da produção nacional, espera-se uma "quantidade significativa" de equipamentos de proteção individual.
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Na conferência de imprensa desta segunda-feira com o secretário de Estado e a diretora-geral da Saúde, o governante apontou que a taxa de letalidade da Covid-19 em Portugal é de 3,9% globalmente e de 13,8% para pessoas com mais de 70 anos. Dos doentes, 86,3% estão em tratamento domiciliário.
Desde o dia 1 de março, apontou Lacerda Sales, foram realizados 357 mil testes de diagnóstico, 78% dos quais realizados em abril, maioritariamente nas regiões Norte e Centro do país. Na passada semana, registou-se uma média de 12.770 testes por dia. A maior parte realizou-se em laboratórios privados, havendo, neste momento, 18 laboratórios universitários a processar amostras, destacou.
Sobre a operação de testagem de 200 migrantes em hostels de Lisboa, António Lacerda Sales informou que 33 testes deram negativo, aguardando-se os restantes resultados.
Não podemos descurar eventual segunda vaga
O Serviço Nacional de Saúde "está adaptado e a adaptar-se em pista dupla" para responder aos cenários que possa vir a enfrentar, assegurou o secretário de Estado, admitindo que não se pode descurar "uma potencial segunda onda" e que é necessário "recuperar a atividade essencial" com essa possibilidade na mira.
O reforço previsto de máscaras, batas, botas e outros materiais de proteção para profissionais de saúde "é uma das componentes que fará com que o SNS esteja permanentemente a adaptar-se a novas situações".
Regras para alunos e professores de grupos de risco em estudo
A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, esclareceu que os ministérios da Saúde e da Educação estão a ponderar medidas específicas para alunos e e professores que pertencem a grupos de risco, quando as aulas presenciais do 11.º e 12.º anos recomeçarem: "Há um conjunto de regras que vão ser aplicadas às escolas e às turmas e depois vão ser estudadas situações específicas. Uma delas é a questão dos docentes e discentes mais vulneráveis."