Testes dos motoristas de veículos TVDE deixam de ser feitos nas escolas de condução. Dísticos dos carros também deverão sofrer alterações.
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O setor dos TVDE mostrou-se satisfeito com o facto dos exames para a certificação destes motoristas passarem a ser feitos nos centros do Instituto de Mobilidade e Transporte (IMT), mas são pedidas mais regras para garantir a sustentabilidade da profissão e a segurança dos utilizadores. Já as escolas de condução desvalorizam as alterações e salienta a necessidade de existirem cursos de formação devidamente regulados.
Atualmente, as formações são administradas por escolas de condução certificadas pelo Instituto, sendo que a medida faz parte de um quadro legislativo que pretende alterar a lei que regula a atividade TVDE em Portugal.
Para António Reis, presidente da direção da ANIECA, trata-se de uma medida reivindicada “há bastante tempo” e que vai contribuir para “credibilizar a formação”. “Esta é a raiz dos grandes problemas, das 69 entidades que fazem formação, apenas 25 são escolas de condução. Os exames devem ser realizados em centros de exame”, acrescenta, notando que é crucial aumentar o escrutínio na realização dos exames.
Ainda assim, há quem aponte que o problema está na forma como a formação é orientada e não propriamente na realização dos exames. Carlos Teixeira, presidente da Associação dos Industriais do Ensino da Condução Automóvel de Portugal, realça que os motoristas “necessitam de formação e o único sítio onde se pode obter formação para condutores é nas escolas de condução”. “São necessários planos pedagógicos adequados e claros, ações de formação periódicas, que delimitem o acesso à função. Não queremos criar obstáculos, mas queremos criar regras”, vinca.
Certificar placas TVDE
Já Vítor Soares, presidente da Associação Movimento Nacional - TVDE, assegura que as novas regras vão “certificar o motorista” e oferecer “mais segurança aos utilizadores”. Contudo, o dirigente aponta que o trabalho não deve ficar por aqui.
“Solicitámos ao IMT que a placa de TVDE seja um selo holográfico, produzido na Casa da Moeda, onde indique a matrícula do veículo e o número de operador”. O objetivo é garantir o “controlo do veículo” e melhorar a “identificação perante as autoridades fiscalizadoras”, admite.