Os salários e a inflação pesam nas contas das instituições que defendem atualização “justa” dos acordos de cooperação para o biénio de 2023/2024. A negociação com Governo decorre a ritmo “lento”.
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Longe de verem cumprida a meta de partilha equitativa de encargos, o setor social e solidário definiu uma linha vermelha para a atualização das comparticipações, abaixo da qual não assinará o compromisso de cooperação que começou, agora, a ser negociado para o biénio 2023/2024 com o Governo. Cujas negociações decorrem a um ritmo “lento”. Para fazerem face à inflação e aos acréscimos da massa salarial, avançam uma proposta de atualização na casa dos 12%, incorporando já o aumento adicional de 5% acordado em dezembro passado.
Ao JN, o presidente da União das Mutualidades Portuguesas revela terem sido propostos “valores na ordem dos 12% de aumento”, que considera “razoáveis e justos, tendo em conta” que se está “muito aquém dos 50% previstos no Pacto de Cooperação”, revisto em 2021, convergência essa reiterada, recentemente, pelo primeiro-ministro no congresso das misericórdias. Segundo Luís Alberto Silva, os “12% englobam os 5% que tinham sido acordados em dezembro de 2022”. Lembrando que, “na economia social, os salários e a alimentação, que têm aumentado mais de 30%”, possuem um peso preponderante.