Há menos 1713 fogos autorizados do que no primeiro semestre de 2023. Loures, Gaia e Matosinhos foram os concelhos com maior queda. Lisboa e Porto crescem em contraciclo.
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O número de casas licenciadas caiu no primeiro semestre de 2024, contrariando a tendência dos últimos anos. O Simplex Urbanístico, uma medida decidida pelo ex-governo socialista para impulsionar os licenciamentos como resposta ao problema da habitação no país, estará a atrasar os processos, garantem os especialistas ouvidos pelo JN. Apontam, também, a subida das taxas de juro e a falta de mão-de-obra na construção civil como as principais causas para este arrefecimento. Loures, Gaia e Matosinhos são os municípios que registaram maior quebra. O Porto lidera a tabela dos concelhos que mais licenciaram este ano, tendo subido em relação a 2023, assim como Lisboa.
Nos primeiros seis meses de 2024, licenciaram-se menos 1713 casas do que em igual período de 2023, sendo que, este ano, as câmaras deram aval a 18 163 licenciamentos e, no primeiro semestre do ano transato, tinham autorizado 19 876. “Os processos de licenciamento são extremamente morosos, o que afasta os investidores”, garante Paulo Caiado, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).