O Sistema Interno de Comunicações do Ministério Público está em baixo, esta sexta-feira, impedindo o envio e troca de mensagens e ofícios entre departamentos.
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Fonte da magistratura referiu que a quebra do Sistema Interno do Ministério Público (MP) é geral, abrangendo todo o país. A fonte negou contudo que a quebra no sistema interno impeça os magistrados de aceder a informação dos inquéritos e realizar diligências como a inquirição de testemunhas ou de arguidos.
O JN sabe que o sistema interno do MP foi atacado quinta-feira, mas foi quase de imediato detetado pelos serviços informáticos, que conseguiram travar a invasão. O ataque permitiu descobrir uma vulnerabilidade interna do sistema, que levou o Ministério da Justiça a suspender alguns serviços, para poder colmatar o problema.
O ataque não provocou problemas de maior, nem conseguiu atingir conteúdos sensíveis, sabe o JN. Tudo indica tratar-se de um ataque perpetrado por hackers portugueses, que, já no passado, realizaram ações contra entidades do Estado.
"Não atinge de maneira nenhuma a atividade processual dos magistrados, não é caso para alarme", disse a procuradora-geral da República Joana Marques Vidal, em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de entrega formal do brasão de armas de Monsanto, distrito de Castelo Branco.
Marques Vidal adiantou que o sistema "deitado abaixo" abrange o portal e o sistema interno de comunicação, que "não afeta de maneira nenhuma a investigação criminal e os atos processuais que os magistrados têm que efetuar".
"É um sistema de comunicação interna que obviamente nos afeta porque também abrange o portal, comunicação para o exterior, mas que, segundo as notícias que tivemos até agora, não conseguiram atingir qualquer tipo de informação e ter acessos às bases de dados", sustentou.
O sistema terá começado a ser reiniciado cerca das 13 horas desta sexta-feira.