SMS tornou-se meio usado por vítimas de violência doméstica para pedirem ajuda
Serviço da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género criado durante a pandemia para atender vítimas de violência doméstica recebe centenas de mensagens por ano.
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O serviço de informação para as vítimas de violência doméstica gerido pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) recebeu, nos últimos quatro anos, 937 contactos por SMS. Por ano, centenas de pessoas usam as mensagens curtas enviadas por telemóvel para tirar dúvidas ou sinalizar casos de agressões contra si praticados ou contra alguém que conhecem. O mecanismo criado em 2020, ano da pandemia, continua ativo.
“O tipo de perguntas que nos são colocadas num SMS são muito diferentes das de uma chamada telefónica, que pode durar até 40 minutos”, aponta Marta Silva. A dirigente do núcleo de prevenção da violência doméstica e violência de género da CIG refere que as “questões são telegráficas” nas mensagens curtas de texto por telemóvel. Como um vizinho, que às vezes pode ser a própria vítima, que conta por SMS que “ouve gritos todas as noites” e “pergunta o que pode fazer”, exemplifica a responsável.