Valor cai para os 18% entre os que saem de cursos profissionais. Apenas 6% dos estudantes beneficiários do escalão A de ação social entraram num curso de excelência.
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Situações financeiras adversas ditam menores probabilidades de um aluno obter formação superior. Realidade que anda de braço dado com o nível de escolaridade dos pais. Em 2020/21, apenas 44,35% dos estudantes com escalão A de ação social que concluíram o Secundário transitaram para o Ensino Superior. Proporção que cai a pique se vindos de cursos profissionais. E, lá chegados, só 6% conseguiram entrar num curso de excelência. Já quanto ao desempenho académico, estes alunos equiparam, e até superam nalguns indicadores, os não beneficiários.
A análise à equidade consta de um documento, agora publicado pela Direção-Geral do Ensino Superior, que sistematiza a revisão do acesso ao Superior desenhada pelo anterior Governo. E diz-nos que aqueles 44% contrastam com os 62% de não beneficiários que entram num curso superior. Com diferenças abissais no percurso. Com as taxas de transição dos alunos dos cursos científico-humanísticos a atingirem “sempre mais do que o triplo das taxas de transição nos cursos profissionais” (ver infografia).