Só 5% do pessoal das extintas ARS reforça as unidades locais de saúde
Metade dos quase mil trabalhadores transitam para a Direção Executiva do SNS. Gestores realçam que hospitais estão sobrecarregados com transferência dos cuidados primários.
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Dos quase mil trabalhadores das extintas Administrações Regionais de Saúde (ARS) cerca de metade vão para a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) e apenas 5% transitam para as unidades locais de saúde (ULS), um reforço que fica muito aquém das expectativas nestas novas megaestruturas que juntam hospitais e centros de saúde sob a mesma gestão.
As listas nominativas provisórias que identificam o pessoal a transitar (assistentes técnicos e operacionais, técnicos superiores e informáticos, entre outros) e a respetiva instituição de destino estão publicadas nos sites das ARS. Segundo uma análise do JN, de um total de 994 trabalhadores das cinco ARS, 512 transitam para a DE-SNS, 177 para a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), 147 para a Direção-Geral da Saúde (DGS), 95 para o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), 53 para as ULS e cinco para o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST). Há ainda cinco instituições que recebem um trabalhador cada.