<p>A Cáritas, a União das Misericórdias e a Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome estão entre os membros da comissão de honra da campanha nacional pelo direito à alimentação, promovida pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).</p>
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Além da criação do "vale solidário" que oferece uma refeição a famílias necessitadas, o principal objectivo é desenvolver um sistema para aproveitar os excedentes de refeições e alimentos cozinhados em estabelecimentos de hotelaria, restauração e bebidas.
Todos os cidadãos, empresas e instituições, privadas ou públicas, podem aderir à campanha, através de contribuições, donativos e apoios. Podem fazê-lo no sítio www.direitoalimentacao.org
Os promotores da iniciativa pretendem sensibilizar todos os envolvidos naquela área, "desde a produção agro-pecuária, passando pela indústria e a distribuição alimentar".
"Todas as pessoas, famílias, grupos vulneráveis e desfavorecidos, que não possam suprir as suas próprias necessidades, devem ser objecto de uma atenção especial, no que toca ao direito à alimentação", refere a «Carta do Direito à Alimentação», lançada pelos responsáveis da campanha.
O presidente da República em 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, saudou a AHRESP por ter lançado a "Carta do Direito à Alimentação" e aberto uma campanha de solidariedade destinada a combater um dos flagelos que, de modo envergonhado e silencioso, se tem propagado pelos estratos menos favorecidos da sociedade portuguesa: a falta de acesso a uma alimentação condigna.
A "Carta do Direito à Alimentação" declara que "a alimentação é um direito essencial à sobrevivência humana" e, quando equilibrada, "define o padrão de saúde ao longo de toda a vida do ser humano". Os seus mentores consideram que "a solidariedade cívica e a responsabilidade social devem mover os cidadãos e as instituições, principalmente em épocas de crise e roturas sociais".
Entre os objectivos, destaque para aquele que defende que "todas as pessoas devem ter acesso a uma alimentação adequada, em quantidade e qualidade, satisfazendo as suas necessidades em todos os estágios do ciclo da sua vida".
Dar de comer a quem tem fome é sempre um imperativo ético, sobretudo em tempos de crise económica e social. É a prática da justiça para que triunfe a fantasia da caridade, oportuna sobretudo em tempo de Natal.