Igreja Católica tem sido incansável na reconstrução da vida na Madeira.
Corpo do artigo
Por intermédio do secretário de Estado do Vaticano Bento XVI assegurou aos madeirenses a sua "solicitude, recomendando as vítimas à misericórdia de Deus e suplicando conforto para as suas famílias, feridos e quantos perderam os seus bens".
A diocese do Funchal celebra hoje, às 17 horas, na Sé, uma missa em memória e sufrágio das vítimas do temporal do dia 20 deste mês. O bispo, D. António Carrilho, e os cónegos da Sé entendem que será um modo de expressar "a solidariedade e profunda comunhão, suplicando a misericórdia de Deus para aqueles que faleceram, a força da esperança para os seus familiares e a coragem e o ânimo para todos quantos, com determinação, se empenham na reconstrução das suas vidas e na reedificação da nossa Ilha, na sua reconhecida e apreciada beleza".
D. António Carrilho tem destacado a resposta dada pela Igreja face às trágicas consequências do temporal. Diz que têm sido feitos "todos os esforços para apoiar as pessoas em tudo aquilo que, numa relação de maior proximidade, se possa fazer por elas". Destaca o trabalho "incansável" da Cáritas e o acolhimento que tem sido feito por religiosos, sacerdotes e outras instituições, como as conferências vicentinas ou os escuteiros. Sublinha que a Igreja tem oferecido "uma presença solidária, fraterna, amiga".
A conta "Cáritas ajuda a Madeira" tem recolhido milhares de euros. Os donativos podem ser feitos para o NIB: 003600009910587824394 (Montepio). A Cáritas Portuguesa iniciou também uma recolha de bens para o recheio das casas destruídas, na qual só serão aceites materiais em bom estado de conservação.
O realojamento das pessoas é a principal prioridade da Cáritas do Funchal. O presidente da instituição, José Manuel Barbeito, considera que a permanência dos desalojados em centros de acolhimento "não se pode prolongar", dado que esses grupos "precisam de uma grande equipa de apoio e de uma logística muito pesada". A operação de realojamento determinou a abertura de um armazém destinado à recolha de equipamento para as habitações. A Cáritas do Funchal está a pedir às empresas que ofereçam uma parcela desse recheio, seguindo o exemplo de uma unidade hoteleira. O mobiliário que não for doado será adquirido com os fundos obtidos através das campanhas de solidariedade.
A solidariedade tenta suavizar tantas dores.