André Pestana do S.TO.P.
PAULO NOVAIS/LUSA/Arquivo
O líder do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P.), André Pestana, aponta que, esta sexta-feira, há 115 escolas totalmente encerradas em todo o país, às quais acrescenta "largas centenas que estão a funcionar a meio gás".
Segundo André Pestana, esta greve abrangeu todos os profissionais da educação, mas os assistentes operacionais foram os principais a aderir.
"São um setor nevrálgico, estão exaustos, porque há um rácio irrealista, continuam com salários de miséria ao fim de 10, 20, 30 anos. Defendemos uma carreira para o Auxiliar de Ação Educativa e não um assistente operacional", explica.
Nova ação em tribunal
André Pestana anuncia ainda que o S.TO.P. vai entrar com uma ação em tribunal contra os serviços mínimos decretados para esta greve, que abrangem o 12º ano.
"O nosso Departamento Jurídico considera que são abusivos, que diz que todo o conselho de turma tem de fazer serviços mínimos. Isso são serviços máximos, mais uma vez vamos entrar com uma ação em tribunal. Já ganhámos três ações, vamos continuar com esta luta", destaca.
"Há dinheiro neste país"
Para o líder do S.TO.P, tem havido um desinvestimento nos serviços públicos, em especial na educação, que se tem refletido na falta de profissionais do setor.
"Há dinheiro neste país. Os bancos que, quando deram prejuízo e toda a sociedade foi obrigada a contribuir, estão a ter resultados líquidos recorde e o dinheiro não está a ser distribuído. O dinheiro é necessário para investir nos serviços públicos", defende.