Os profissionais da educação reúnem-se, esta quarta-feira, em frente ao Parlamento para exigir um Orçamento de Estado que valorize os trabalhadores. "Venha quem vier, mais à esquerda ou mais à direita, se não investir na escola pública, iremos continuar a luta", garante André Pestana.
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A greve convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P.), que decorre desde o dia 13 de novembro, termina esta quarta-feira, dia em que se realiza a votação final do Orçamento de Estado para 2024. "Depois dos trabalhadores terem percebido que o Orçamento de Estado iria a votação, sentimos um grande crescimento na greve, com dezenas de escolas fechadas e outras a meio gás, de Norte a Sul do país", afirma André Pestana.
Segundo o coordenador do S.TO.P., os profissionais de educação, docentes e não docentes, estão a demonstar o seu descontentamento quanto às propostas do Orçamento de Estado para 2024. Esta quarta-feira os profissionais de educação vão reunir-se em frente à Assembleia da República para exigirem, uma vez mais, um orçamento diferente, que valorize os trabalhadores.
Luta continua
Com eleições marcadas para 10 de março, André Pestana afirma ter esperança que haja alguma mudança positiva. No entanto, deixa o recado: "Não baixamos os braços até que todos os profissionais sejam valorizados e venha quem vier no próximo Governo, mais à esquerda ou mais à direita, se não investir a sério na escola pública, se não investir a sério na valorização de todos os que trabalham nas escolas, nós iremos continuar esta luta".
O coordenador do S.TO.P. assume que a única garantia que têm é a capacidade de mobilização e de força coletiva, que têm demonstrado até ao momento, e que tem feito com que existam algumas cedências por parte do poder político. Contudo, sublinha que o país continua "a ter milhares de alunos sem professor, a ter muitas crianças com necessidades educativas especiais sem apoio de psicólogos e terapêuticas, e assistentes operacionais exaustos e com salários de miséria".
"Nós defendemos que os alunos, independentemente de serem filhos de ricos ou de pobres, tenham direito a uma escola pública de excelência para poderem ter um emprego digno em Portugal", sublinhou André Pestana.