Sistema de depósito visa impulsionar a reciclagem de plástico, que ronda os 18%. Maioria do lixo continua a ir para o aterro, o que faz crescer os custos para câmaras e famílias
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O sistema de depósito e reembolso de embalagens de plástico e metal só deverá arrancar, na melhor das hipóteses, no segundo semestre de 2025, mais de três anos depois do inicialmente previsto. É considerado fundamental para ajudar o país a subir os baixos níveis de reciclagem, numa altura em que Portugal se arrisca a não cumprir as metas para 2025 e continua a enviar a maioria dos resíduos para aterros, que estão a ficar lotados. Aos custos ambientais somam-se os financeiros, com o aumento da taxa de gestão de resíduos (em 2025, subirá para 35 euros por tonelada em aterro e está a crescer desde 2020). As câmaras pagam cada vez mais pela deposição de lixo em aterro e estes custos vão repercutir-se na fatura da água das famílias.
A entrada em vigor do sistema de depósito e reembolso chegou a estar prevista para janeiro de 2022, mas, de acordo com a resposta do Ministério do Ambiente ao JN, tal não deverá acontecer antes de 2025. Segundo o Governo, a entrada em operação do sistema acontecerá 18 meses após a publicação do diploma que altera o regime da gestão de fluxos específicos de resíduos (Unilex). O documento foi aprovado em novembro e está para promulgação pelo presidente da República.