Tarifa social de energia custa 100 milhões aos comercializadores e pode passar para as famílias
A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) publicou a repartição do custo de financiamento da tarifa social de energia, cabendo aos comercializadores 100 milhões de euros. A proposta do regulador não impede que esse custo seja repercutido nas famílias e nas empresas.
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A tarifa social de energia vai custar mais de 100,2 milhões de euros aos comercializadores e esse valor poderá ser repercutido nas fatura da luz das famílias e das empresas. Se tal suceder, um agregado com um gasto médio de 330 quilowatts (kWh) pode ter de desembolsar mais 66 cêntimos por mês, quase oito euros por ano. Falta saber se os operadores vão imputar esse custo aos clientes.
Por imposição de Bruxelas (e após uma queixa dos produtores), o Governo foi forçado a alterar o modelo de pagamento da tarifa social de energia (que se aplica a mais de 700 mil clientes carenciados em Portugal). Até 17 de novembro passado, o custo desse apoio social era suportado unicamente pelos produtores, mas, a partir dessa data e por decreto governamental, o Estado colocou, também, os comercializadores a pagar o desconto.