Em 2022, subiu para os 13,1 óbitos por 100 mil nados-vivos, contra 8,8 em 2021. Peritos alertam para grávidas com doença associada e migrantes sem acompanhamento clínico. Excluem relação com constrangimentos, naquele ano, nos serviços de Ginecologia e Obstetrícia.
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A taxa de mortalidade materna voltou a subir em 2022, para os 13,1 óbitos por cem mil nados-vivos, contabilizando-se 11 mortes. No ano anterior, tinha caído para os 8,8 depois de ter disparado para os 20,1. O ano de 2022 ficou marcado por constrangimentos vários nas urgências de Ginecologia e Obstetrícia e pela demissão da então ministra da Saúde Marta Temido após a morte de uma grávida durante uma transferência intra-hospitalar. Os peritos ouvidos pelo JN descartam uma causalidade, admitindo sim o impacto de gravidezes com patologia associada e de migrantes que chegam ao nosso país sem qualquer registo clínico.
De acordo com os dados do Instituto Nacional da Estatística (INE), a taxa chegou agora aos 13,1, sendo que, tirando 2021, desde 2017 está acima de 10. Dez anos antes, quando nasciam em Portugal quase 90 mil bebés, estava nos 4,4. Já em 2022 contabilizaram-se 83.671 nascimentos.