As associações de taxistas foram recebidas este sábado, pelo chefe da Casa Civil da Presidência da República.
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A audiência teve início às 19 horas, segundo uma fonte de Belém. Pelas 20 horas, os representantes dos taxistas deixaram o local sem prestar declarações.
As duas associações disseram aos jornalistas que só depois de se juntarem aos taxistas que estão concentrados no centro da capital, na praça dos Restauradores e Avenida da Liberdade, é que falarão sobre o que foi discutido em Belém.
Os taxistas estão no quarto dia de protesto contra a entrada em vigor, a 1 de novembro, da lei que regula as quatro plataformas eletrónicas de transporte que operam em Portugal (Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé), promulgada pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a 31 de julho.
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As duas estruturas que representam o setor dos táxis, reunidas este sábado em Lisboa, decidiram pedir uma audiência com caráter urgente ao Presidente da República e ao primeiro-ministro.
"Como o país não para ao fim de semana, vamos enviar uma carta ao Presidente da República e outra ao primeiro-ministro, para sermos recebidos com caráter de urgência, hoje ou amanhã", afirmou à Lusa Florêncio Almeida, da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL).
O dirigente associativo adiantou que, a partir de segunda-feira, os taxistas vão "iniciar uma vigília à porta da residência oficial do primeiro-ministro", em São Bento.
Segundo Florêncio Almeida "estão atualmente paralisados em todo o país três mil motoristas de táxi", metade deles em Lisboa.
Em Faro, depois de um dia quente, com temperaturas próximas dos 40 graus centígrados, os taxistas do Algarve mostram-se dispostos a manter a luta ao lado dos colegas que se manifestam em simultâneo no Porto e em Lisboa.
Os cerca de 400 taxistas concentrados na avenida dos Aliados, no Porto, afirmam igualmente que vão voltar a passar a noite nos carros, apesar do cansaço.