Técnicos auxiliares de saúde pedem revisão da carreira para resolver “atropelos”
Maioria das ULS não transitaram os técnicos auxiliares, quase um ano depois do prazo fixado na lei, alertam organizações do setor.
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A transição de milhares de assistentes operacionais para a carreira de técnico auxiliar de saúde (TAS) mantém-se a diferentes velocidades, com “nem metade” das várias unidades locais de saúde (ULS) a cumprir a publicação das listas dos trabalhadores que passam. Há denúncias de atrasos nas atualizações salariais, com retroativos a janeiro, entre outros “atropelos” à lei.
Os alertas são feitos pelo Sindicato Independente dos Técnicos Auxiliares de Saúde (SITAS) e da Associação de Técnicos Auxiliares de Saúde (APTAS), que pedem uma revisão do decreto-lei de dezembro passado que repôs a carreira. Além dos problemas criados pela forma como a lei está a ser aplicada, Paulo Carvalho denuncia que a legislação, como está, deixa de fora trabalhadores que prestaram cuidados de saúde diretos aos doentes, e que passaram recentemente a contratos a termo, mas que até agora estiveram vinculados ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) com os chamados contratos covid e com os contratos de substituição. A situação afeta cerca de 35% dos 34 mil assistentes operacionais no SNS (com certificação nível 4) que deveriam transitar para a carreira, estima o SITAS.