O porta-voz da comissão de trabalhadores do Instituto Nacional de Emergência Médica admitiu que os técnicos de emergência que estão a recusar fazer horas extraordinárias também estão esta segunda-feira a faltar ao horário normal de trabalho.
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"A partir deste momento, não só o trabalho extraordinário não está a ser feito, como o próprio horário normal de trabalho. Os próprios técnicos, por sua iniciativa, estão a faltar ao trabalho", disse Rui Gonçalves aos jornalistas, em Coimbra, numa conferência de imprensa junto às instalações de delegação centro do INEM.
Acrescentou que os trabalhadores estão a faltar "num direito que está consagrado na Lei do Trabalho".
"Têm direito a faltar injustificadamente cinco vezes seguidas ou 10 interpoladas e estão a fazer uso desse direito", afirmou.
"Não quer dizer que todos os trabalhadores estão a faltar, para estarem 11 viaturas inoperacionais, 22 pessoas já faltaram só no turno da manhã", disse ainda o porta-voz da comissão de trabalhadores.
Rui Gonçalves afirmou que a decisão dos técnicos de ambulância de emergência que asseguram o socorro pré-hospitalar em Lisboa de se recusarem, desde o início do mês, a fazer horas extraordinárias, queixando-se de falta de pagamento de subsídios e de horas extra e de mais cortes no salário, foi tomada de forma "espontânea", sem intervenção da comissão de trabalhadores "nem de qualquer sindicato".