"Temos uma dívida eterna aos bombeiros". Emoção e muitos aplausos no adeus a João Silva

Dor, lágrimas e muita emoção. Foram muitas as pessoas que quiseram prestar uma última homenagem a João Silva, o "Trinta", como era carinhosamente tratado pelos mais póximos. O funeral do bombeiro de 60 anos realizou-se esta quarta-feira no Quartel dos Bombeiros de São Mamede de Infesta. 

"O Trinta gostava de toda a gente e toda a gente gostava do Trinta. O João é motivo de orgulho e morreu a fazer uma das coisas que mais gostava e junto de muitos de quem gostava", começou por dizer Rogério Osório, colega e amigo de João Silva, que discursou na cerimónia. "No sábado eu estive com o João no terreno. No final do dia quando me despedi ele disse-me, à semelhança do que era costume, "pronto oficial, até daqui a uns dias". Meu querido João, disseste-me até um dia destes, eu digo-te até qualquer dia. Obrigada companheiro", concluiu. 

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, estiveram presentes no funeral. Assim como Luísa Salgueiro, presidente da Câmara de Matosinhos.

Durante a cerimónia, D. Américo Aguiar deixou, ainda, uma palavra a todos os bombeiros. "Nós temos uma dívida eterna aos bombeiros portugueses. Infelizmente o João não é o primeiro. A morte e entrega de vida destes bombeiros tem que valer alguma coisa. Queria agradecer a todos os que se esforçam e se entregam". 

A terminar a cerimónia ouviu-se o toque "a sirene a chorar", um momento que emocionou todos os presentes. A urna saiu do quartel acompanhada por aplausos, quer de quem estava no local, quer de quem assistia através da janela de casa. À frente da urna, um dos bombeiros levava o capacete do bombeiro na mão. O carro fúnebre seguiu para o Tanatório de Sendim, Matosinhos.