A amizade é benéfica para a saúde e bem-estar, especialmente se for presencial, segundo um estudo divulgado esta sexta-feira.
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Através das relações de amizade as pessoas riem-se mais, exprimem mais emoções positivas, sentem-se mais apoiadas e otimistas e sentem que têm alguém em quem confiar em momentos difíceis.
Nas relações indiretas (através das redes sociais) há também uma sensação de pertença que promove o bem-estar, diz o estudo do Centro de Investigação e Intervenção Social do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa.
O estudo inquiriu 803 pessoas e concluiu também que quem mais usa as redes sociais (Facebook por exemplo) sente-se mais só, sente que tem menos apoio em caso de necessidade e que está menos ligado aos que o rodeiam.
Realizado por uma equipa do ISCTE, o estudo "Amizade e Saúde" procurou perceber se os amigos "virtuais" têm o mesmo impacto positivo do que a amizade ao vivo. E a conclusão é que o impacto é maior nas amizades presenciais.
De acordo com as respostas, na "vida real" 55% dos inquiridos tinha mais de dez amigos, 59% tinha três ou mais amigos íntimos e 48% convivia pessoalmente com eles pelo menos uma vez por semana.
Segundo a amostra 58% disse que raramente se sentia só, 70% disse achar que teria pessoas a quem pedir ajuda se necessário, 45% disse que se sentia socialmente bem integrado e 56% que sentia uma forte conexão social.
Quanto à "vida virtual", 90% dos inquiridos disse ter Facebook e destes 45% disse ter mais de 300 amigos, ainda que a maioria (80%) tenha reconhecido que apenas 50 ou menos eram amigos verdadeiros.
Diz o estudo que, apesar de a dimensão de amigos nas redes sociais se associar a uma maior integração social, a frequência de contactos no Facebook pode ser um fator de risco para as amizades ao vivo.