Inquérito da Deco Proteste conclui que os donos têm uma grande preocupação pela saúde do animal doméstico e frisam que melhora a sua qualidade de vida.
Corpo do artigo
Os custos para quem tem um cão ou um gato são elevados, segundo um inquérito realizado pelo Deco Proteste. São animais que, ao longo do ano, custam em média 1021 euros e 892 euros, respetivamente. Quem tiver os dois, a média sobe para 956 euros cada.
Dos inquiridos, 18% dos que têm cães manifestaram a sua preocupação financeira, enquanto que apenas 15% dos donos de gatos tiveram o mesmo sentimento.
O inquérito da Deco Proteste, feito a 950 pessoas com animais de estimação, concluiu o óbvio: que os canídeos e os felinos são a escolha dos portugueses no que toca à companhia que têm em casa, seguidos dos pássaros e das tartarugas. Os dados recolhidos permitiram observar que sete em cada dez inquiridos têm um cão (pelo menos) e que cerca de metade tem um gato. Nos casos em que os dois estavam presentes em casa, 82% confessaram que o cão capta a maior parte da atenção.
A qualidade de vida dos donos também se revela melhor e a companhia é o principal benefício. Nove em cada dez donos afirmam que se sentem menos sozinhos graças à companhia dos animais.
mais ativos
Os donos dos bichos entendem que lhes permite fugir à rotina e melhorar o estado de espírito. Mesmo ao nível de atividade física: 58% reconhecem que o cão os torna mais ativos, até pela natural prática de o levar à rua. Já o gato apenas exercita um terço dos seus donos, mesmo sem necessitar de ser passeado.
Mais de metade dos inquiridos manifesta preocupação com o seu animal caso não pudesse tratar dele. Isto resulta da relação de afeto que se estabelece entre os donos e o cão/gato, reforçando a ideia de que a sua presença é uma mais-valia e melhora a qualidade de vida humana, apesar de algumas complicações decorrentes. Três em cada dez dos questionados queixaram-se de limitações na escolha do local de férias, a par da questão dos custos.
Mais: a questão da identificação animal é outro dos problemas. Os meios de identificação que incluem o microchip e o registo no sistema de informação de animais de companhia (SIAC) não podem ser substituídos pela coleira com o contacto do dono. Facilitam a comunicação entre o dono e qualquer outra pessoa, mas o chip de identificação mantém-se obrigatório e, de acordo com o estudo, 13% dos cães e 49% dos gatos não têm microchip, logo não estão registados.
A falta de identificação devida dos animais de companhia pode ser punida com uma coima entre os 50 e os 3740 euros.