Parecer do Conselho Nacional de Ética pede que estes tratamentos sejam restritos à investigação. Cetamina já é utilizada em hospitais do SNS.
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Depois de um ano em que o uso de psicadélicos em contexto clínico foi tema recorrente, o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) pede que a investigação a estas terapias seja aprofundada, “antes da sua utilização clínica generalizada”. A conclusão consta num parecer emitido ontem, em que a referida entidade avalia “os aspetos éticos da utilização de substâncias psicadélicas na saúde”.
Antes que a utilização de psicadélicos como terapia clínica se generalize, o CNECV alerta que é necessária mais investigação pré-clínica e clínica, de forma a que existam “estudos robustos que permitam avaliar a segurança e eficácia do uso de substâncias psicadélicas”. Até que a segurança e eficácia estejam provadas, o referido parecer recomenda que se restrinja “à investigação clínica as substâncias psicadélicas para as quais não existe prova ou evidência clínica suficiente”.