GNR autuou 309 autocaravanas até julho por aparcamento ilegal. Federação pede estruturas para segurar modalidade de turismo que atrai cada vez mais portugueses e estrangeiros.
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A Federação Portuguesa de Autocaravanismo defende que é urgente “criar infraestruturas e condições” para acolher o número crescente de autocaravanistas em Portugal e evitar as centenas de coimas que se registam desde que a lei foi alterada, em 2021, restringindo a pernoita e aparcamento em áreas protegidas. Nos primeiros sete meses deste ano, a GNR já levantou 309 autos de contraordenação por infrações relacionadas com pernoita, aparcamento e caravanismo de autocaravanas, o que dá uma média de 44 coimas por mês, mais do que uma por dia, a maioria no Sul do país.
Fernando Marques, presidente da federação, diz que este tipo de turismo continua a crescer, estimando-se que existam em Portugal cerca de 20 mil autocaravanas, a que se juntam perto de “um milhão de autocaravanas estrangeiras por ano” a circular no país. Mas os parques e áreas de serviço que têm surgido estão “muito longe das necessidades” e a Lei 66/2021 criou restrições (proíbe o uso de áreas protegidas e da orla costeira e só permite até 48 horas por concelho, salvo nos locais expressamente autorizados para o efeito), que provocaram um aumento de coimas e está a afastar este tipo de turistas, levando-os a procurar outros locais, nomeadamente em Espanha.