Empresa terá terminado negociação do despedimento coletivo. Advogada diz que critérios podem ser refutados.
Corpo do artigo
A Farfetch terá terminado a fase de negociação do despedimento coletivo. A advogada que representa um grupo de trabalhadores admite que os funcionários podem ir para tribunal e refutar vários dos critérios, apontados pela tecnológica para dispensá-los. Em meados de fevereiro deste ano, depois de concluída a venda à sul-coreana Coupang, a Farfetch anunciou que iria despedir até 30% dos trabalhadores em todo o Mundo. De acordo com números do ano passado, Portugal era o país com mais funcionários: acima de três mil pessoas.
Marisa Simões, advogada que representa 50 trabalhadores da Farfetch, afirma que esteve presente numa primeira reunião com a Farfetch, a 3 de abril, que foi tida como o início da fase de informação e de negociação, prevista na lei no que toca aos despedimentos coletivos. No mesmo encontro, esteve a Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT). Por representar individualmente cada trabalhador, a advogada pediu uma alteração da data da primeira reunião para estudar o caso de cada funcionário. O encontro manteve-se, porém ficou acordada a realização de uma nova reunião, que deveria acontecer a 17 de abril. Foi cancelada à meia-noite, horas antes.