A Segurança Social vai pagar um bónus de 1,434 milhões aos trabalhadores da cobrança de dívidas, tendo sido obtidos mais 43 milhões de euros do que o objetivo inicialmente definido. Segundo a portaria do Governo publicada, esta terça-feira, é o valor mais alto cobrado desde que os prémios foram criados 2019.
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O objetivo de cobrança de dívida do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFFS) previsto para 2022 fixou-se em 471 milhões de euros, mas a cobrança ascendeu a 514,7 milhões.
Assim sendo, os trabalhadores do Departamento de Gestão da Dívida do IGFSS vão receber este ano um prémio de 1,434 milhões de euros. O valor é idêntico ao bónus distribuído em 2021, que se traduziu em 1,435 milhões euros.
Segundo a portaria do Governo, o montante de taxa de justiça cifrou-se em 11 milhões de euros, sendo que o montante percentual a atribuir ao Fundo de Cobrança Executiva (FCE) da Segurança Social foi fixado em 13%.
Note-se que o Fundo de Cobrança Executiva da Segurança Social foi criado em 2019 para recompensar os dirigentes e trabalhadores da cobrança de dívida da Segurança Social. Ao longo destes quatro anos já foram distribuídos 5,4 milhões. Em 2019, o valor cifrou-se em 1,25 milhões; 1,29 milhões em 2020; e 1,43 milhões em 2021.
Recorde de cobrança de dívida
O número de dívida cobrada também nunca foi tão alto. Em 2021, o objetivo estabelecido foi de 471 milhões de euros, mas foram cobrados 434 milhões (mais 38 milhões); já em 2020 o objetivo era 456 milhões e conseguiram 470,6 milhões (mais 14,6);
Por apurar fica como é que vai ser pago o bónus, uma vez que a portaria prevê a distribuição por trimestre (nos meses de março, junho, setembro e dezembro), mas apenas foi publicada esta terça-feira. Também não é conhecido o valor exato que cada funcionário vai receber. Este mecanismo de atribuição de prémios de desempenho é idêntico ao que existe para os trabalhadores da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).