Trabalhadores mais qualificados e mulheres mais expostos à Inteligência Artificial
Setores ligados às atividades financeiras, de comunicação e consultoria mais vulneráveis à Inteligência Artificial. Expectável aumento da desigualdade, alerta estudo da Fundação José Neves
Corpo do artigo
Os trabalhadores com mais qualificações escolares, as mulheres e os jovens adultos (25-34 anos) são os mais expostos à Inteligência Artificial (IA), ou seja, cujas tarefas podem ser substituídas por aquela tecnologia. Com os setores ligados às atividades financeiras, de informação e comunicação e de consultoria a apresentarem maior vulnerabilidade. O que obriga a pensar, e a atuar, hoje. Priorizando a formação e a requalificação.
As conclusões integram a edição 2024 do “Estado da nação: educação, emprego e competências em Portugal”, da Fundação José Neves que, neste ano, foi avaliar o impacto da IA no mercado de trabalho português. Alertando-se para o risco de polarização, podendo, e citando a OCDE, “resultar numa maior disparidade salarial e num desafio socioeconómico para os trabalhadores em profissões cujas tarefas podem ser desempenhadas por sistemas baseados a IA”, lê-se no relatório.