No dia em que começou a segunda fase de desconfinamento, foram reportados 159 casos e seis mortes associadas à covid-19, mas o R(t) atingiu o limite definido para manter a abertura.
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O índice de transmissibilidade, o R(t), subiu para 1, o limite definido como um dos critérios para travar o desconfinamento, quando arrancou a primeira fase de reabertura do país, há 15 dias.
Na ocasião, o primeiro-ministro, António Costa, definiu um Rt acima de 1 e mais de 120 casos por 100 mil habitantes como critérios para o país voltar a travar o desconfinamento, cuja segunda fase se iniciou esta segunda-feira, com o regresso às aulas dos alunos dos 2.º e 3.º ciclos, assim como a abertura de esplanadas, mais lojas, ginásios e museus.
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O relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS) registou, esta segunda-feira, um aumento do índice de transmissão de 0,94, na quarta-feira, para 0,97, na sexta-feira. Hoje, o R(t) situa-se em 1, num dia em que foram reportados 159 casos e seis mortes associadas à covid-19.
Segundo o boletim da DGS, o R(t) a nível nacional estava em 0,98, subindo para 1,0 quando se excluiu os dados das ilhas, Açores e Madeira. Outro dos fatores a ter em conta é a incidência do vírus, que é de 62,8 casos de infeção por SARS-CoV-2 por 100 mil habitantes em Portugal, caindo para 60,9 no território continental - um valor que é quase metade do definido pelo Governo, neste item em particular, para reavaliar o confinamento (120 por 100 mil habitantes).
O boletim reporta um aumento do total de internados para 536, mais 19 do que no domingo, embora o número de doentes graves tenha diminuído em cinco, para 112, o registo mais baixo desde os 104 internados em UCI que se registavam a 7 de outubro de 2020.
Uma vez mais, o total de doentes recuperados (321) supera, no caso no dobro, o número de novos casos. Contas feitas, há 25966 infetados com o vírus da SARS-CoV-2, menos 168 que no domingo, e 15928 pessoas sob vigilância das autoridades, menos 32.
Valor mais baixo de casos desde agosto de 2020
Os 159 casos reportados esta segunda-feira são o número mais baixo de testes positivos reportados desde 24 de agosto (123) e representam uma quebra para metade relativamente à segunda-feira da semana passada, quando o boletim da DGS reportou 309 infeções contabilizadas de 28 para 29 de março. Ontem haviam sido registados 193 casos.
A mortalidade, longe dos 303 óbitos diários registados no fim de janeiro, tem os mesmos números da semana passada: seis vítimas mortais, cinco homens e uma mulher.
Três das vítimas mortais reportadas nas últimas 24 horas tinham mais de 80 anos, o grupo etário mais afetado, já com 11126 vidas perdidas desde o início da pandemia, duas entre os 70-79 anos, escalão que perdeu 3584 pessoas desde março de 2020, e uma no escalão 60-70 anos, faixa etária que chora 1506 mortes desde o início da pandemia.
A Região Norte reportou dois óbitos (5309 no total), num dia com 44 casos positivos, elevando o acumulado para 331149 desde o início da pandemia. No centro, foram registados dois óbitos, após três dias sem vítimas mortais, e mais cinco casos - 117320 infeções e 3002 mortos desde março de 2020.
A Região de Lisboa e Vale do Tejo reportou a maioria dos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, ao acrescentar 65 infeções à estatística. No total, 312220 pessoas ficaram infetadas pela doença no entorno da capital desde o início da pandemia, período de tempo no qual morreram 7153 pessoas, duas nas últimas 24 horas.
Sem vítimas mortais reportadas nas últimas 24 horas no resto do país, do sul às ilhas, destaque para os 32 novos casos no Algarve, o terceiro registo nacional mais elevado esta segunda-feira, com o total a ascender, agora, a 20862 infeções por terras algarvias desde o início da pandemia, que matou 354 pessoas no extremo sul de Portugal.
No Alentejo, foram reportados dois novos casos de covid-19 (29172 desde o início da pandemia; 970 mortes), enquanto na Madeira foram registados nove positivos, com o total a ascender a 8683 desde março de 2020 (68 mortes). Nos Açores, há 4088 casos (dois de domingo para segunda) e 29 óbitos.
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